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Amores Brutus

by Amores Brutus

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1.
A QUEM FALAREMOS DE AMOR (Paulo Duarte) A quem falaremos de amor? A quem falaremos de amor? Às crianças mortas nas chacinas ou as que serão tiradas das barrigas das meninas? A quem falaremos de amor? Aos presídios em ruínas Às pessoas que se vendem e são vendidas nas esquinas? A quem falaremos de amor? Às famílias destruidas ou às vontades sufocadas, sufocadas e esquecidas? A quem falaremos de amor? (A quem não sabe o que fazer pra conseguir comida) Quando sai você se arma porque crê em auto-defesa Sempre soube o que era certo pra você mas não tem mais certeza Faz força demais pra esquecer da própria fraqueza E é capaz de se sentir menos só com a TV e as luzes acesas. Por falta do que dizer A gente diz :"-Bom Dia!" Por nada poder fazer A gente faz o que não podia Por não querer nem saber A gente esquece tudo o que sabia De tanto dever pra viver A gente vive como não devia A quem falaremos de amor? A quem falaremos de amor? A quem é só um número A quem não tem nome A quem não tem voz pra dizer A quem é só um número A quem não tem nome A quem não tem nada a perder
2.
CELAS DE AULA (Paulo Duarte) Há dias de fogo e de espada, Dias em que um véu encobre a luz Dias em que não acredito em nada Dias em que a treva te seduz Nestes dias as crianças guardadas nas celas de aula Aprendem que na vida não... Não vale a pena ter pena de nada! Um dia a criança abortada Sentará na mesma mesa com seus pais Um dia a pessoa assassinada Voltará pra perdoar o seu algoz Neste dia as crianças guardadas nas celas de aula Aprenderão que da vida não... Por mais que queiram, não se leva nada! Você com seu dinheiro ensanguentado pelo sangue de alguém que não é nada pra você Você que arrasta o lixo todo pra debaixo e acha muito confortável Que outros morram por você Então vem, vem filha da puta, Vem dar um rolê, na periferia, vem sentir cheiro de gente, Vem descobrir o que você sente, quando um pobre tocar em você. Então vem, vem filha da puta, Vem dar um rolê, na periferia, vem sentir cheiro de gente, Vem descobrir o que você sente, quando um outro homem tocar em você. Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão Você com seu ódio e o seu descaso, seu modelo de negócio e o seu medo do fracasso Tudo é você, você, você Você que ter e ter e ter Eu quero mais ser do que ter, Quero sentir pra existir Queremos tanto, tanto e tudo e o mundo todo está em nós! Há dias de fogo e de espada, Dias em que um véu encobre a luz Dias em que não acredito em nada Dias em que a treva te seduz A gente luta pra que estes dias fiquem para trás E cada dia seja um dia de luz E todo dia seja um dia de paz. Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão Não creio em justiça pelas próprias mãos É tudo irmão matando irmão
3.
A VIDA DOS SANTOS (Paulo Duarte) Eu já andei por mil caminhos de espinhos que nem me importo se ainda houver bem mais Eu já andei com o escuro, assim, sozinho com muito medo de virar e olhar pra trás Eu tenho raiva da raiva que não serve pra nada porque ninguém faz nada pra mudar E a razão da minha angústia e minha mágoa é que eu queria te dar, mais do que uma vida ordinária e vulgar Mas, e essa dor no meu peito? E esse choro no escuro? E esse grito engasgado? E esse "céu vagabundo" desse circo bizarro que armaram pra comprar o que eu não quero vender O mesmo circo bizarro que insiste em me vender o que eu já tenho de graça Por favor, não se sinta só Que eu vim, foi pra lutar aqui (com você) contra essa gente de mãos sujas e alma feia! E você diz que conhece o amor, mas nunca viu o amor verdadeiro aquele que te pega pelas mãos e faz uma revolução no teu mundo inteiro traz paz pra cabeça e pro coração Porque o Deus que eu amo não me cobra pelo amor que me dá Não me culpa, não me julga, não condena, não faz falsas promessas Por favor, não se sinta só Que eu vim, foi pra lutar aqui (com você) contra essa gente de mãos sujas e alma feia!
4.
Campo minado 03:59
CAMPO MINADO (Paulo Duarte) Ainda lembro o sol em cada segundo Eu e você e ninguém mais no mundo E aquela voz bem lá no fundo gritando: "-I wanna love you" Eu vou gritar até perder eu estou trancado aqui dentro de nós E agora quem vai me salvar, se você jogou a chave fora e foi embora Quando você tava comigo Eu não dava bola pro perigo Quando você tava comigo Minha vida fazia sentido Quando você tava comigo Eu conheci a paz Ela chorou e neste instante eu achei que a amava Eu também chorei bastante quando ela não olhava Ela achou serem importantes os segredos que eu guardava Então guardei dela o segredo de não ter guardado nada Ela quis me proteger e me escondeu atrás de si Eu me fingi do que não era e na frente dela me escondi Ela virou a minha culpa e eu virei a cura dela Ela virou a minha sombra, e hoje eu sou a sobra dela. Quando você tava comigo Eu não dava bola pro perigo Quando você tava comigo Minha vida fazia sentido Quando você tava comigo Eu conheci a paz Mas acontece que o meu coração Cansado de ser pisado Agora resolveu virar campo minado.
5.
O amor não é política (Paulo Duarte) Eu nunca me preocupei com a cor da pele que você vestia se na hora de sofrer, você sentia o que eu sentia. E foi difícil de admitir, mas eu...tinha vergonha de mim, vergonha do espelho, de aceitar o meu erro e crescer. vergonha de falar pra você: "-Faz tanto tempo que eu quero ser feliz, que eu já não sei mais se eu quero ou se eu quis". Eu te esperei, desesperei, você não veio, você não vê. Que o amor, o amor não é política e eu vou amar, eu vou amar, quem eu quiser. O amor, o amor não é política tem que lutar pra ter perder pra aprender a dar sem receber nada em troca. "-É que eu cresci cercado por paredes Eu cresci cercado por serpentes E mesmo que as paredes tenham ouvido o meu gemido eu duvido que elas possam amar a gente!" (porque) o amor, o amor não é política e eu vou amar, eu vou amar, quem eu quiser. O amor, o amor não é política tem que lutar pra ter perder pra aprender a dar sem receber nada em troca.
6.
Queda livre 01:15
Queda livre (vinheta) (Paulo Duarte) Despejado da zona de conforto se jogou na vida e o pára-quedas não abriu e na queda livre se sentiu mais livre do que nunca e desejou que nunca a queda encontrasse um fim Mas enfim, veio o fim e ele descobriu que "a vida continua" assim que os seus dois pés tocaram o chão assim que os seus dois pés tocaram o chão "a vida continua" assim que os seus dois pés tocarem o chão.
7.
Natália 03:24
Natália (Paulo Duarte) Não,não,não... Não adianta correr Se alguém tiver que sofrer vai sofrer, Não vai ter como evitar Não comigo não Não há lugar pra esconder É bem maior do que eu e você Você vai ter que encarar "- Todo mundo tem seu dia e sua hora" "-Sabe eu te amo mais to dando o fora" "-Tremeu a terra igual a tua voz" "-Baby não sei o que vai ser de nós" "-Não sei se aqui é o princípio ou o fim" "-Também não sei o que vai ser de mim" "-Meu nome e o seu escreveu no meu peito com uma navalha" Sempre te amarei... Natália, Natália, Natália. De tanto amar eu só tomei porrada Em cada soco que levei, eu acho que ganhei experiência acumulada Gozado como a vida é tão cruel e sádica Desde pequeno a gente aprende a se torturar e dar risada Depois que cresce a gente vê que é tudo igual não mudou nada Então se monta na tristeza, então se morre, então se mata... Então se mata.
8.
Tudo de bom pra você (Paulo Duarte) Eu não tenho culpa, Você não tem também E ninguém , ninguém , ninguém mais tem. Nem outra desculpa Pra tentar te convencer outra vez Dessa vez, não meu bem, não tem "talvez" Eu posso até estar errado E posso até tentar, me arrepender Mas é melhor sonhar acordado Do que dormir sonhar, sonhar e não viver, não viver, não viver Tudo de bom pra você Eu sei vai ser melhor assim Um dia você vai entender Que eu só quis te proteger, te proteger. Tudo de bom pra você Eu sei vai ser melhor assim, baby Um dia você vai entender Que eu só quis te proteger, te proteger de mim.
9.
Mãe, eu tô tentando (Paulo Duarte) Mãe eu tô correndo contra o tempo Que parece o tempo todo estar correndo contra mim Ainda carrego aquela prece e aquela pressa, o preço e o peso do apego às coisas que eu não consegui. Mãe eu tô amando tanta gente tão errada Que eu tô achando que o erro tá em mim Eu tento, eu juro e o que eu escuto é tanto "não" e é tanto "nada" Que foi "nadando" que eu ainda não morri Mãe eu tô torcendo e contorcendo Pra que a sorte mude o vento E o que é meu chegue em mim Eu tô batendo e apanhando Eu tô caindo e levantando Eu tô sonhando com a vida que você sonhou pra mim Mãe eu tô tentando o melhor de mim Mãe eu tô tentando Um dia eu ligo pra dizer que consegui.
10.
Estragos unidos (Paulo Duarte) Eu, você, nós dois.... E quem mais (es)tiver ouvindo Eu, você, nós dois.... Somos os estragos unidos Bate palma pro otário (que é você) Pro político e o ladrão pro vandalismo incendiário e centenário dispersando a multidão Bate palma pro pastor que te garante a salvação Bate palma pro empresário bilionário que vai patrocinar a seleção Bate palma pra polícia, mal-armada e mal-amada Bate palma pra memória desse povo que apanha e não lembra de nada Bate palma pra quem bebe, bate, mata e foge sem olhar pra trás Pra quem é cúmplice, acoberta, justifica e acha que não fez nada demais. "-Cê sabe com quem tá falando?" "-Cê sabe quem são os meus pais?" Disse o homofóbico, chapado e delirando ao ser comido vivo pelos canibais. Aos doutores residentes e aos doentes terminais, aos viciados, dependentes e ao sorriso dos globais. EU, VOCÊ, NÓS DOIS...E QUEM MAIS (ES)TIVER OUVINDO EU, VOCÊ, NÓS DOIS...SOMOS OS ESTRAGOS UNIDOS (riff intemediário) Você é fiel ao que? Quem é teu amigo de verdade? Quem ou o que você respeita? Você é humilde ou é covarde? Você é escravo do desejo? Ou você pára pra pensar? Trai quem te ama com um beijo? Veio pra unir ou separar? Aviso aos preconceituosos, hipócritas de plantão: DOMINA O TEU MEDO, DESTRÓI O TEU ÓDIO OU ELES TE DESTRUIRÃO Aviso aos preconceituosos, hipócritas de plantão: DOMINA O TEU MEDO, DESTRÓI O TEU ÓDIO OU ELES TE DESTRUIRÃO EU, VOCÊ, NÓS DOIS...E QUEM MAIS (ES)TIVER OUVINDO EU, VOCÊ, NÓS DOIS...SOMOS OS ESTRAGOS UNIDOS
11.
Loucos do outono (Paulo Duarte) Somos seres imaginários Imaginados à margem do medo que sustenta a carne que alimenta pensamentos loucos Loucas viagens Que nos cobram pouco E nos cobrem o rosto De desconhecidas coragens Puseram veneno em meu olhar Mas mesmo assim estou olhando pro céu E mesmo assim eu posso enxergar Tudo o que eu quiser Andávamos juntos por manhãs vazias Ríamos tristes nas tardes tão frias E a noite que vinha nos roubava o sono Quando éramos nós, "pobres loucos do outono" O amor descansava sobre os nossos ombros Até descobrirmos que os meus sonhos e os seus sonhos, Não são sonhos, são enganos. Puseram veneno em meu olhar Mas mesmo assim estou olhando pro céu E mesmo assim eu posso enxergar Tudo o que eu quiser Eu tenho amigos tão perdidos quanto eu Nós somos bichos com feridas semelhantes Você me diz que quer fugir mais uma vez Mas talvez , mais uma vez, não adiante É que eu que sempre voei alto E sempre tomei tombos grandes Tenho fugido toda noite, sem querer saber do que, porque, pra onde (pra onde?)

about

Amores Brutus, tem na definição do próprio nome da banda, o equilíbrio entre os extremos. A brutalidade da realidade em que vivemos em contraponto aos sonhos e sons, dores e amores. No final, o “bruto” a que o nome faz alusão é o material bruto que o ser humano ainda é; “bruto” no caminho de evolução que ele busca.

O disco tem em seu conceito cores fortes no som e nas letras que trazem uma ótima carpintaria de composição, com linhas muito bem escritas, repletas de referencias e questionamentos e dispostas de uma maneira direta e poética.

Amores Brutus são descendentes legítimos da linhagem oitentista do rock nacional: canções fortes e bem feitas – com melodias e arranjos desenhados a mão. A banda traz um frescor; uma urgência e originalidade que fazem de sua estreia algo novo e marcante.

Compre e/ou ouça o disco na sua plataforma digital favorita:
hyperurl.co/ppl1hq

A banda tem menos de 02 anos de atividade, mas conta com um cantor e compositor (Paulo Duarte, ex-Animais Poéticos) que possui uma bagagem musical de mais de uma década de atividade, e que se aliou a grandes músicos para tocar suas composições que não paravam de chegar.

O grupo fechou o acordo de lançamento com a gravadora Coaxo do Sapo, de Guilherme Arantes, e prepara o seu show de lançamento no dia 10/05, na capital paulista.

Do esmero com o som, ao cuidado com a arte gráfica de todo o CD, que permite ao ouvinte uma viagem de letra por letra enquanto ouve as 11 faixas e debulha a extraordinária capa do disco. Uma capa icônica. Que traduz em uma única imagem, a história do passado e do presente de nosso país e que indica através do som visceral desta nova banda, um caminho para um futuro de dias melhores.

Conheça Amores Brutus: facebook.com/amoresbrutus
Ano: 2015

credits

released May 5, 2015

Ficha Técnica:

Amores Brutus:
Paulo Duarte – Voz Principal, Guitarras, Piano e Composições;
Artur Gouveia – Guitarra;
Paula Padovani – Bateria;
Paulo Alves – Baixo e Lap Steel (faixas 06 e 11)
Paulo Domingues – Teclado

Musicos Participantes:
Gabriel Martini – Piano Elétrico, Piano e Clavinete (Faixa 02); Órgão Hammond e Piano Elétrico (Faixa 07); Piano Elétrico (Faixa 08);
Thiago Perozzi (Trompete), Danúbio Pantoja (Sax Tenor) e Leandro Febras (Trombone) – Trio de Metais na Faixa 09;

Produzido por Pedro Arantes, Gabriel Martini, Artur Gouveia e Paulo Duarte.

Este disco foi gravado no outono e na primavera de 2014, nos estúdios:
Coaxo do Sapo / Bahia – técnicos de gravação: Pedro Arantes e Gabriel Martini;
Costella Estúdio / São Paulo – técnico de gravação: Chuck Hipólito, com assistência de Tiago Lins, Paulo Senoni e Bruno de Castro;
Estúdio DAS / São Paulo – técnicos de gravação: Pedro Becker e Nicolas Csiky;

Mixagem: Pedro Arantes e Gabriel Martini
Mix Final realizada no Eco Estúdio – São Paulo (com assistência de Bruno de Castro);
Arranjo de metais: Paulo Duarte e Gabriel Martini;
Masterizado por Fernando Sanches no Estúdio El Rocha – São Paulo;

Todas as letras compostas por Paulo Duarte
Exceto: “Tudo de bom” – Música por Paulo Duarte e Clécio Luiz.

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Coaxo do Sapo BA, Brazil

Encravada no meio da restinga do litoral norte da Bahia, a Produtora Coaxo do Sapo tem como proposta a geração de conteúdo fonográfico e visual, com foco na imersão total nos trabalhos a serem desenvolvidos. Nosso objetivo como produtora fonográfica é ser um ponto de encontro, um local de produção, possibilitando projetos sem interferências externas, num clima de sossego e paz. ... more

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